segunda-feira, 25 de junho de 2012

Detalhes

Juizes decidem jogos, balbúrdias
Senhores oprimem fracos, distúrbios
A roda da vida, o circo do fel
Confusões, incertezas, Babel
Na calçada um mendigo imundo
No andar logo acima, o dono do mundo
Um mendigando envolto em fezes
Outro esbelto, bebidas leves
Um terceiro passa apressado
Atrás, nervoso, anda o credor
Uma prostituta cheia de amor
Um gigolô explorando o labor
As rezas saindo da igreja, pro céu
No meio do caminhos os anjos as levam
Um santo lhes entrega um troféu
No jardim as rosas já murcham
As formigas suas pétalas carregam
Um negociante, quebrado, sem rumo
Procura uma corda para se enforcar
A corda ele não pagou
Por isso o homem da lei julgou
E como sentença lhe dá
Vinte arrobas de brasas, a arder
Pra se queimar
no fundo do inferno
até cinzas virar...

Poesia criada em 13 de julho de 1995, Arroio do Meio.

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